POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA
BISPO TITULAR DE ACUFIDA
BISPO AUXILIAR PARA A ARQUIDIOCESE PRIMAZ DE SÃO JOÃO DEL CREEPER
HOMILIA – Missa em Ação de Graças pelos 4 anos da Arquidiocese Primaz São João del Creeper
Terça-feira da Oitava da Páscoa – Jo 20, 11-18
Queridos irmãos e irmãs,
Celebramos hoje, com gratidão e alegria, os quatro anos da nossa Arquidiocese Primaz São João del Creeper, uma Igreja particular que nasceu do sonho de evangelizar com criatividade, zelo e coragem, também neste novo areópago digital em que vivemos. E celebramos essa data durante a Oitava da Páscoa, tempo em que a luz da Ressurreição ainda brilha com intensidade sobre toda a Igreja.
O Evangelho que acabamos de ouvir (Jo 20,11-18) nos coloca diante da figura comovente de Maria Madalena, aquela que permaneceu junto ao túmulo mesmo quando tudo parecia perdido. Ela chora, porque ama. Ela busca, porque crê. E é justamente nesse amor fiel que ela se torna a primeira testemunha da Ressurreição.
Ela não reconhece Jesus à primeira vista. Seus olhos ainda estão embargados pelas lágrimas. É quando Ele a chama pelo nome: “Maria!” E ao ser chamada, ela O reconhece: “Rabuni! Mestre!” Eis o coração da experiência pascal: ser reconhecido e chamado pelo Ressuscitado.
Irmãos, irmãs, há quatro anos, também nós ouvimos um chamado. A voz do Senhor ressoou de forma nova e inesperada quando foi publicada a Constituição Apostólica "Magnificentissimus Signus", que erigiu canonicamente esta nossa querida Arquidiocese. Ali, como Maria Madalena, também nós ouvimos: “Eu vos envio”.
A fundação da Arquidiocese Primaz São João del Creeper foi um gesto profético da Igreja, reconhecendo que a evangelização precisa alcançar todos os lugares, inclusive este universo digital e criativo em que habitamos. Aqui também há almas. Aqui também há sede de Deus. Aqui também o Ressuscitado quer ser encontrado e anunciado.
E como é belo poder dizer hoje, com Maria Madalena: “Eu vi o Senhor!”
Sim, nós o vimos em cada celebração, em cada confissão, em cada vocação nascida, em cada coração tocado pela Palavra. Em cada jovem que encontrou esperança, em cada fiel que se reencontrou com a fé, em cada padre, diácono, catequista e ministro que serve com alegria neste campo virtual, porém muito real.
Mas não caminhamos sozinhos. Desde o princípio, temos conosco a presença materna daquela que é nossa Padroeira e Rainha: Nossa Senhora do Pilar.
Ela, que apareceu sobre um pilar de luz para confortar o apóstolo Tiago em sua missão na Espanha, também nos conforta e sustenta neste campo missionário digital. O pilar representa a firmeza da fé, o apoio da graça, a presença segura da Mãe que nunca nos abandona.
A ela confiamos nossa Arquidiocese, nossas comunidades, nossos projetos, nossos desafios. Que, como com os primeiros apóstolos, ela nos anime a continuar anunciando Cristo vivo com ardor e criatividade.
Queridos irmãos e irmãs, o Evangelho termina com Maria Madalena se tornando missionária: “Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: ‘Eu vi o Senhor!’”.
Esta também é a nossa missão: anunciar que o Senhor está vivo! Que a morte não tem a última palavra. Que a fé pode ser vivida em qualquer lugar – inclusive aqui – com beleza, verdade e santidade.
Neste aniversário, renovemos nosso compromisso com Cristo, com Sua Igreja e com esta missão que nos foi confiada. E façamos isso com os olhos voltados para o céu e os pés firmes no chão do Evangelho.
Com Maria Madalena, digamos com força e com fé:
“Eu vi o Senhor!”
E com Nossa Senhora do Pilar, caminhemos com firmeza, sabendo que ela é o nosso sustento e guia na missão.
Amém.

 
0 Comentários